Saímos
de casa às 14 horas. As 15:15 chegamos na UFAL. A cerimonia estava marcada para
as 15:30. Tudo estava tranquilo, mas havia uma questão a ser resolvida: em qual
dos edifícios iria ocorrer a cerimonia de colação de grau? Como não conhecia
muito bem o Campus UFAL Maceió, perguntei ao primeiro rapaz que me deparei
dentro do Campus. Para nossa sorte, ele também ia participar da colação de grau
e mostrou para a gente apontando qual seria o edifício. Estávamos tão próximo
que se não tivéssemos perguntado naquele momento poderíamos ter algum problema.
Depois
de estacionarmos o carro, meu padrinho, meu primo e eu nos dirigimos ao
edifício. No momento em que tivemos acesso ao edifício, me espantei com a
quantidade de fotógrafos que havia no local. Havia um fotografo para cada aluno
que iria se formar ou até mais. Cinco deles se aproximou de mim, como formigas
atrás de doce. Um deles perguntou: você irá participar da cerimonia de
formatura? Espantado, responde: sim, recuando um pouco para não ser indelicado
e para minha segurança, sei lá o que eles iriam fazer depois disso. O fotografo
continuou, você irá querer registrar esse momento? Para não ser rígido e também
definitivo, perguntei: quanto você está cobrando? 15 reais por foto, disse o
fotógrato. Tudo bem, ao sair da cerimonia, qualquer coisa, eu lhe procuro.
Antes de sairmos ele me entregou um singelo cartão que o guardei em minha
carteira.
Depois
disso, procurei saber onde seria a cerimonia, então me direcionaram a uma sala próxima
ao pátio onde estávamos localizados. Ao entrar havia uma jovem sentada com uma
enorme lista com os nomes dos alunos que iria participar da colação de grau. Ao
chegar minha vez ela perguntou meu nome e qual era meu curso. Então pediu que
eu assinasse a lista. Neste momento minha mão mostrou-se tremula, de forma que
a minha assinatura, ao fim, ficara ilegível. Então ela disse: sua cadeira será
a número oito. Tudo bem, disse saindo da sala, rindo por dentro com aquela
situação embaraçosa ao assinar meu nome, na lista dos formandos.
Então
novamente nos dirigimos para o pátio central do edifício onde ficamos esperando
algum sinal que mostrasse que iria iniciar a cerimonia. Depois de alguns
minutos. Uma senhora surgiu na multidão, abrindo o auditório para que os alunos
e os familiares pudesse se acomodar e assim iniciar a cerimonia. Inicialmente,
somente os alunos tiveram a permissão de entrar no auditório, somente depois que
parte dos alunos já estavam no auditório que os familiares puderam entrar no auditório.
Ao
entrar no auditório, imediatamente, percebi que em cada cadeira havia uma numeração
em um pequeno papel branco e que as primeiras cadeiras que avistei havia
registrados alguns números acima do 60. Então sair a procura do número 8. Minha
cadeira estava localizada na primeira fila. Se eu tivesse tido a liberdade para
escolher a cadeira para me sentar, possivelmente não teria sido na primeira
fila, no entanto, no decorrer da cerimonia percebi a vantagem que havia naquela
localização.
Como
toda cerimonia ocorria na universidade, esta também não foi diferente, teve seu
início, espantosamente, mais de uma hora depois do combinado. Então foi dado o
início a cerimonia. Primeiramente fomos todos, sem exceção, convidados a
ficarmos de pé para ouvirmos o hino nacional. Como de costume, algumas pessoas
sabiam e cantaram, já outros permaneceram em silêncio. Ao fim, o primeiro jovem
foi chamado. Havia na mesa três pessoas, um homem ao centro e duas mulheres
cada uma de um lado. O jovem se aproximou e então foi passado para ele algumas
instruções. Algumas eu ouvi outras... Então os dois, ao centro da mesa, cada um
de um lado iniciaram os procedimentos. O homem durante o processo levantou com
sua mão direita uma espécie de almofada branca esquisita cheia de babado, acima
da cabeça do jovem, então o homem começou a falar algumas palavras e o jovem teve
que repeti-las. O processo foi tão rápido que simplesmente ouvi as seguintes
palavras: confiro o grau. Então todos que estavam no auditório aplaudiram.
Minha sensação antes daquele momento era que seria mais complexo, mas para meu
espanto, não foi. Então o jovem recebeu um envelope que continha junto a ele o
diploma. Fiquei esperando que fosse entregue ao jovem um canudo, juntamente com
o diploma, mas espantosamente, não lhe foi entregue. O corte na educação está
presente até em um simples canudo para guardar o diploma. Então o homem
pronunciou as seguintes palavras, agora chamaremos de três em três para
agilizar o processo porque há muitos formandos e também por estarmos com o ar-condicionado
avariado. A princípio achei aquela atitude um desrespeito, com os alunos, mas
também se ele não tivesse feito isso, acho que ainda estaríamos ali no outro
dia pela manhã. Como estava na cadeira 8 fui o terceiro trio a ser chamado. Ao
chegar à mesa, estava acompanhado por duas jovens. No entanto as duas não eram
do curso de arquitetura e urbanismo. O homem ao centro ao realizar o
procedimento foi mais rápido que com o primeiro jovem, ele simplesmente disse:
confiro o grau, então foi pedido que novamente assinássemos uma lista imensa de
nomes e depois foi entregue a cada um o tão sonhado e desejado diploma. Meu primo
tirou algumas fotos registrando o momento, então retomei para minha cadeira. Estava
tão contente com aquela conquista, que os próximos alunos a serem chamados para
conferir o grau e receber seu diploma, não foi ouvido por mim. Quando voltei a
si, já estava próximo ao fim. Possivelmente já haviam recebido os diplomas
cerca de 95% dos alunos.
Depois
de entregue cada diploma, fomos convidados a fazer o juramento. Para isso, tínhamos
que ficar de pé e com um dos braços estendidos. Este movimento me fez lembrar o
comprimento a Hitler. Além disso, um dos alunos que estava também participando
da cerimonia foi convidado para que pronuncia-se o juramento e que todos os
outros alunos repetisse. Depois do juramento. Tivemos alguns pronunciamentos. Alguns
deles foram de alunos, outros de professores e até tivemos um pronunciamento de
uma mãe de um dos alunos. As palavras pronunciadas mesmo singelas foram de
grande importância para aquele momento. A primeira falou que aquele momento tão
importante não se tratava de um fim, e sim de um início. Já outra pessoa tratou
sobre nossa responsabilidade sobre a universidade e o mundo, mostrando seu engajamento
e posicionamento político. E a terceira tratou sobre o valor simbólico, para os
familiares, presente naquela conquista obtida pelos alunos. Todos os
pronunciamentos foram aplaudidos e emocionaram a todos. Depois de algumas horas
de cerimonia, fomos todos liberados. Uhuuu!!! Estou finalmente formado. Vamos comemorar,
pensei, mas essa é outra historia. (risos).
Maceió,
16 de dezembro de 2015
Deve ser emocionante mesmo. Por mais que a universidade tenha gerado tanto estresse qualquer um se sente realizado numa hora dessas. Foi muito tempo investido. Isso mexe com qualquer um. Não vejo a hora de me formar.
ResponderExcluirA emoção é enorme. logo você terá a sua. Mas não é o fim. É somente o começo. Rsrsrs. O tempo que passamos na universidade, para quem soube aproveitá-lo, dirá que foi pouco o tempo que passou e gostaria de ter mais um pouco, os que não dão valor a esse tempo ou nao deram, dirão quero sair logo daqui, já os que são neutros não saberão se estão na universidade ou na sala de casa. Eu sou daqueles que achei que o tempo que passei foi pouco, mas o preciso para que eu tivesse uma base suficiente para iniciar minha caminhada em busca de meu sonho que é trabalhar com arquitetura. A formatura é um momento que não deve ser esquecido, ele não precisa esta representado por uma foto, filmagem, ou qualquer outro tipo de registro, ele precisa ser representado em sua mente como valor, de esforço, superação, foco, determinação, vitória entre outros adjetivos, mas lembre-se que esse foi somente seu primeiro passo para o que poderá vim ainda pela frente. Pode contar comigo sempre nessa caminhada. um abraço.
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